“Todos os grandes poetas se tornam naturalmente, fatalmente, críticos.” – já dizia Darwin em seus escritos. Não me incluo nem em grande poeta, nem em crítico, mas pretendo fazer algumas observações seguindo um raciocínio lógico.
Se pegarmos como base alguns pensadores do séc. XIX, um período que o conceito de tempo ainda não se aproximava muito do modo que o conhecemos hoje, perceberemos que, desde aquela época, onde o tempo ‘corria’ de forma mais lenta, os intelectuais o viam como algo importante e deixavam frases do tipo - “O homem que tem coragem de desperdiçar uma hora do seu tempo não descobriu o valor da vida.”- para expressar esse sentimento que tinham em relação ao tempo perdido ou que poderiam vir a perder.
Se analisarmos o tempo através da visão de uma pessoa doente, que sente o fim chegando ou uma pessoa que teve basicamente tudo o que o consumismo permitiu e hoje se encontra a beira de um vazio capitalista – e isso importa para muitas pessoas - e perguntássemos o que seria mais importante eles terem de volta, entre as coisas mais importantes estaria o tempo. Para o doente ele seria valioso de tal forma: poder ver o último pôr do sol, abraçar pela última vez a pessoa amada e afins. Para o consumista, escravo do capitalismo, o tempo seria algo fundamental para recuperar tudo o que perdeu, etc.
Alguns séculos adiante a, mais precisamente no séc. XXI, o conceito de tempo muda, ele passa a ‘correr’ de forma mais rápida, onde falta tempo para tudo, todo o tempo do mundo não é suficiente para fazermos o que é necessário e, se seguirmos a ideia de usar intelectuais para tornar esse texto relevante, podermos citar Einstein e sua Teoria da Relatividade, onde ele vai expor a relatividade das coisas. Ex: um minuto com a mão no fogo ou um minuto com a pessoa amada. Na primeira hipótese esse minuto seria mais longo que todos os outros, na segunda nem o veria passar.
Onde quero chegar com isso tudo?
Na verdade penso que estou escrevendo para falar de amor, mas existem várias maneiras de fazê-lo, não sei se essa é a mais correta.
Se em todas as hipóteses que cito, se os gênios de épocas passadas falam sobre e se perguntar para muitas pessoas o que seria realmente importante, tempo seria uma resposta comum, então me pergunto: porque uma pessoa sadia, em sã consciência, com um pouco de inteligência e com uma grande oportunidade de ser alguém de ‘renome’ no futuro, não dá valor tempo? Porque deixam o tempo passar ser tomar nenhum tipo de atitude? Porque esperam o fim para reclamar do inicio?
Tentarei responder essas questões de uma forma simples, porque como os críticos de plantão, não me agradar falar mal, me agrada entender e solucionar, mesmo isso sendo bem difícil aqui.
Numa visão simplista e realista, as pessoas têm por natureza não dar valor no que está exposto, no que está colado em seu rosto. É normal que, quando algo fica muito claro para alguém, esse ‘algo’ se torna banal. Quando é necessário um sacrifício para ter o que tanto deseja, esse desejo passa a ter mais importância, mais peso e mais relevância.
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