Aprendi olhando pra trás
Por repetir os mesmos caminhos
O mesmo trago
Por uma centena (ou um milhar?) de vezes
Pelo amor e pelas crises
Pela perda e indigestão
Pelo choro, pela ansiedade
Noites sem dormir
E solidão.
Foi o reflexo e a reflexão
Das companhias que vieram
Aprendi a apreciar a solidão
Nas frases de um filósofo
O sono passou a ter razão
Respirei fundo e controlei a ansiedade
E já não secava o choro com as mãos
Com um pouco menos de excessos
Já não tive mais indigestão
Fiz o mesmo com o amor
Entendi a sua essência
E perdido em medos e devaneios
Percebi que a perda é inevitável
E que um dia serei ela
Ao não sentir o lado esquerdo
Notei que o mesmo trago já não caía tão bem
Mudei alguns hábitos e outros idealizei
Quando poderia andar de olhos fechados
Vi que era hora de pegar outros rumos
Afinal, já era banal fazer os mesmos caminhos
Olhei para trás mais uma vez
Entendi o sentido de “porque olhar para trás?”.
E então, não olhei.
Bife's
Nenhum comentário:
Postar um comentário