O frio tão esperado chegou. Não o frio que eu
esperava, mas um frio ameno, gelado e em apenas dois períodos do dia – ao amanhecer
e ao cair da noite. Um mundo que cada vez mais lembra os desertos. Frio na
madrugada até o raiar do Sol, calor desconcertante durante o dia e frio
insuportável após anoitecer. Tudo bem, mais um incerteza entre tantas outras.
É sobre isso que vou falar.
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Dia desses notei como as pessoas dizem que a
vida é feita de incertezas. Eu até pensei assim algumas vezes, mas após ver a frequência
que a vida era ‘tão incerta’, resolvi refletir a respeito.
A vida não é incerta. Pronto. Foi essa minha
reflexão. Mas para o mundo não basta concluir, o mundo quer explicação, então
vamos lá.
A vida segue paradigmas, segue caminhos,
segue tendências. Você é um espelho do meio. Desde o espermatozoide fecundando
o óvulo até o momento de sua morte. Isso acontece porque somos bombardeados por
ensinamentos, por costumes, por gostos e pela influência da classe social que
nascemos e vivemos. Não vou enfatizar o momento de criança, quando pai, mãe,
televisão, amigos e ídolos formam a nossa cabeça. Vou tentar trabalhar a ideia
de vida adulta, porque é geralmente nessa fase que os humanos fazem as devidas
reclamações e já conseguem fazer assimilações.
A faculdade: um momento crucial para a vida e
para o futuro. Você a escolheu. E começarão a dizer: “mas não era isso que eu
queria, eu preciso trabalhar de dia, então não pude fazer o curso que queria” e
dirão “eu não tinha dinheiro para pagar tal curso” e mais ainda “só tinha em
outra cidade, estado, país e eu não tinha como ir pra lá” e eu digo: CORRETOS!
A vida segue tendências e é influenciada pela classe social que nasce e vive (e
a que vive pode mudar). Diante disso o que você fez? Escolheu outro caminho.
Fez outra faculdade ou, assim como meu irmão, não a fez, foi trabalhar, ficou
rico e mudou de classe social, podendo, quem sabe, mudar a vida de seu filho.
Não foi uma incerteza, foi um fato concreto e com muita certeza que te levou a
fazer determinada escolha.
O emprego dos sonhos: você faz o que você é
capaz de fazer. Deveria encerrar aqui o discurso, mas querem explicações. Se
você ganha R$400,00 por mês e vive na miséria a culpa é sua. Se você fosse bom
e alguma coisa a faria, cobraria por ela e ganharia seu tão querido dinheiro. O
capitalismo permite isso. Se você se acomodou com a sua situação e colocou em
adoração uma possível mudança, contente-se. É o segredo do capitalismo. Você
pensa que pode mudar, mas não pode. Não é incerto isso. Muitos são
incompetentes para o mundo capitalista. Eu sei que sou, tenho certeza disso. Basta
você querer enxergar.
A futura esposa e os seus filhos: Não tem
nada mais concreto que isso. Gravidez indesejada? Camisinha estourada? Esqueceu
de tomar o remédio? Não deu tempo de tirar? Engravidou mesmo tomando o remédio
certo? MENTIRA! Existem milhões de contraceptivos para ontem, hoje e amanhã.
Você transou porque quis, com quem quis (ou com quem sobrou) e não se precaveu
pelo mesmo motivo. Simples assim, sem segredos. Se fizesse corretamente o uso
de remédios, de camisinha e de safadeza não estaria reclamando disso. E quanto
ao filho, o mesmo contexto. Ponto final.
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Ontem fiz uma música de incertezas e
contradições, espero que gostem. Ia colocar a letra junto, mas estou com
preguiça de escrever.
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Muitas pessoas dizem que a vida é incerta
devido ao perigo iminente de morte. Assim como a vida, a morte também não é incerta.
Problema de saúde, acidente de carro, avião, navio, motocicleta, pedalinho, jet-ski,
avalanche, assassinato, etc, não são por mero acaso, mas não vou explicá-los aqui,
quem sabe em um próximo texto. Deus nos deu uma vida e devemos uma morte a Ele.
Para quem não acredita. O Big-Bang e a evolução nos deu elétrons, prótons, nêutrons,
hidrogênio, oxigênio e a Bóson de Higgs (pra quem é leigo em Física é a famosa partícula
de Deus) e devemos devolver ao Universo o que um dia pertenceu a ele. A vida é
tão certa quanto à morte. Acredite. Nós que complicamos tudo pelo medo do
desconhecido.
Bife's
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