quarta-feira, 13 de junho de 2012

E o mundo real?


Uma relação para tudo? Uma relação do mundo? Uma relação de 7 bilhões de  pessoas? Seria isso possível? Seria possível uma ligação para isso?

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Num passado remoto, num futuro distante, a única coisa que nos separa é o presente. A única coisa que nos separa somos nós mesmos.
Inventamos verdades através de ilusões para fugirmos das mentiras de nossas vidas. Nos sentimos e nos vemos superiores ao resto do mundo e dos seres que nele vivem. Criamos tecnologia para buscarmos uma fuga para nosso tempo que se esvai, pelos dedos de nossas mãos, sem que nada possamos fazer. Contemplamos memórias, fizemos um elo com o passado e com o futuro porque temos medo do que pode ser a morte, então arrumamos um meio de nos eternizarmos, de não sermos esquecidos.
Tudo pode ser construído, basta apenas imaginar e ter dinheiro, mas não conseguimos um caminho para fugirmos de nosso destino, do nosso ‘triste’ fim.

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A foto, além do trecho acima, me mostra algumas coisas que foram, que são e que serão uma relação entre tudo e entre todos, desde nosso passado, até o futuro mais distante.
Desde o início, a música foi algo que existiu em todos os lugares, onde quer que houvesse um número de pessoas agrupadas ela era entoada. Fosse para louvar a um deus, para pedir por uma chuva, para ir à caça, por respeito aos mortos, por proteção, para ensinamento, etc. Ela é algo que uniu o mundo todo e que nos remete a um passado em comum, onde não havia tanta distinção entre os seres humanos.
Com o passar dos séculos, as comunidades até então agrupadas, que viviam em prol de um bem maior, começaram a se desfazer.
Ambição e cobiça estão incluídos no gene de nós, humanos, mas desde que ela se tornou prioridade para quase todos, o mundo tomou um rumo inesperado, invisível aos olhos de muitos pensadores de tempos remotos e aos nossos também. Não vemos como as pessoas vivem distantes no mundo de hoje, conectadas por tecnologias que, ao invés de aproximar, distanciam. Ficamos acomodados por trocar algumas mensagens de celular, por enviar alguns e-mails, uma janela de bate-papo em uma rede social ou uma webcam para vermos um rosto que não vemos há tempos. E o aperto de mão? O abraço? A cerveja no bar? Os devaneios filosóficos ao longo da madrugada? As risadas sinceras? Os amigos reais? Os amores sinceros? E dizem que pra estar junto não precisa estar perto. Frase de um mundo desconexo e conectado. Ficamos bitolados no mundo virtual e esquecemos o mundo real. Eu sinto falta do mundo real.
Lembro-me do mundo a 7 ou 8 anos atrás e ele não era assim. Onde foram parar todos aqueles amigos? Todo dia reunidos na cada de um ou de outro. Era uma vida mais ativa, era um tempo que o mundo se movimentava, e agora estamos numa era de um mundo estagnado. Tudo desenvolve, mas a mente humana parece ir para trás, ‘involuir’.
Vejo o chimarrão, em tempos antigos era a mesma erva-mate, só que gelada e em uma roda de amigos. Cigarro, violão, risadas e – por incrível que pareça – vivíamos sem os computadores e os celulares e nunca deixamos de nos falar. E agora me pergunto: Com toda essa tecnologia, faz quanto tempo que não falo com eles/as?

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Hoje bebo o chimarrão sozinho, sentado na frente de um computador, com dois violões e apenas uma pessoa para tocá-los.
A morte sempre esteve presente como medo nos humanos e irá estar por longos tempos ainda. A música foi, é e será uma forma de expressão, de libertação, de purificação e de louvação em todos os povos. A tecnologia esta e estará sendo parte fundamental e principal da vida de bilhões de pessoas, todas conectadas entre si. E o mate? Espero que me leve a encontrar alguém que ainda viva no mundo real, que  goste de uma boa conversa e de uma boa companhia.

Bife's

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