quarta-feira, 13 de junho de 2012

II


A centésima postagem vem na forma de um modelo que pretendo seguir dela em diante.
Saindo um pouco da linha de apenas versos ou apenas textos, o que pretendo fazer agora é uma junção, uma fusão ou uma união de ambas. Talvez explicando a poesia, talvez um contexto para encaixá-la, talvez o motivo que me levou a produzi-la ou apenas um pouco de divagação antes dos versos, mas tentando manter esse método de agora em diante.

Dia 10/06, domingo passado, fomos a cidade de Garça, no interior do estado de São Paulo, cerca de 200 km de minha atual residência, para assistir o show do power duo gaúcho, formado por Humberto Gessinger e Duca Leindecker, intitulado de Pouca Vogal. Como fã sem precedentes de Engenheiros do Hawaii e tendo um breve conhecimento de Cidadão Quem, resolvi me aventurar e conhecer uma das pessoas que mais admiro. Foi algo sem tamanho. Ainda não existem palavras na gramática que possam descrever esse acontecimento. Uma obra de arte vê-los tocar. Humberto com sua arrogância que o acompanha desde sempre e Duca, mesmo que um pouco encoberto pelo companheiro de estrada, mas genial. Simpático, sorridente, mostrando o que é possível e impossível fazer com seis cordas de uma guitarra. Transcendente a experiência.


O que me leva ao contexto feminino. Muitas vezes falta essa experiência transcendental a muitas delas, outras tantas as vejo tão impressionadas com o mundo terreno que me pergunto de onde vem tamanha distância entre uma e outra. Quando me deparo com respostas que nem sempre seriam as melhores. Falta dedicação, falta amor, falta vontade por parte do lado masculino e isso acaba causando repulsa em muitas gurias que vejo e convivo. Isso as torna desinteressadas, desiludidas, distantes dessa relação e carentes de diversas maneiras, talvez seja exatamente isso que eu queira analisar.


Lembro-me do primeiro dia
Foi quase como uma fuga
Correu de mim até em pensamentos
Mesmo sem eu dizer coisa alguma

Uma breve aproximação
Uma leve troca de palavras
Um sorriso quase sincero
E me afastei sem dizer nada

Quando passei por ela
Ofereceu-me o lugar ao seu lado
Sentei apenas por um instante
E ela sentiu um arrepio inesperado

As dúvidas a inquietam
Não sabe se brinco
Ou se digo a verdade
Sei que sente medo e que tem curiosidade

Por tudo que passou
Tem receio, mas quer se deixar levar
Acredita que esse possa ser verdadeiro
Assim como todos os outros que viu passar!

Assim é a vida, assim é o jogo. Brincam uns com outros até o momento que se acertarem com emoção, com sentimento, com vontade. A brincadeira as deixam sensíveis, carentes, desencantadas, quando você percebe isso fica fácil fazer a sua jogada. Mas não seja como todos os outros, isso elas tiveram demais, se for pra abrir o campo minado do caminho ao coração delas, faça isso de um jeito que elas não sofram mais.

Bife's

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