A
centésima postagem vem na forma de um modelo que pretendo seguir dela em
diante.
Saindo
um pouco da linha de apenas versos ou apenas textos, o que pretendo fazer agora
é uma junção, uma fusão ou uma união de ambas. Talvez explicando a poesia,
talvez um contexto para encaixá-la, talvez o motivo que me levou a produzi-la ou
apenas um pouco de divagação antes dos versos, mas tentando manter esse método
de agora em diante.
Dia
10/06, domingo passado, fomos a cidade de Garça, no interior do estado de São
Paulo, cerca de 200 km de minha atual residência, para assistir o show do power duo gaúcho, formado por Humberto
Gessinger e Duca Leindecker, intitulado de Pouca Vogal. Como fã sem precedentes
de Engenheiros do Hawaii e tendo um breve conhecimento de Cidadão Quem, resolvi
me aventurar e conhecer uma das pessoas que mais admiro. Foi algo sem tamanho.
Ainda não existem palavras na gramática que possam descrever esse
acontecimento. Uma obra de arte vê-los tocar. Humberto com sua arrogância que o
acompanha desde sempre e Duca, mesmo que um pouco encoberto pelo companheiro de
estrada, mas genial. Simpático, sorridente, mostrando o que é possível e
impossível fazer com seis cordas de uma guitarra. Transcendente a experiência.
O
que me leva ao contexto feminino. Muitas vezes falta essa experiência transcendental
a muitas delas, outras tantas as vejo tão impressionadas com o mundo terreno
que me pergunto de onde vem tamanha distância entre uma e outra. Quando me deparo
com respostas que nem sempre seriam as melhores. Falta dedicação, falta amor,
falta vontade por parte do lado masculino e isso acaba causando repulsa em
muitas gurias que vejo e convivo.
Isso as torna desinteressadas, desiludidas, distantes dessa relação e carentes
de diversas maneiras, talvez seja exatamente isso que eu queira analisar.
Lembro-me do primeiro dia
Foi quase como uma fuga
Correu de mim até em pensamentos
Mesmo sem eu dizer coisa alguma
Uma breve aproximação
Uma leve troca de palavras
Um sorriso quase sincero
E me afastei sem dizer nada
Quando passei por ela
Ofereceu-me o lugar ao seu lado
Sentei apenas por um instante
E ela sentiu um arrepio inesperado
As dúvidas a inquietam
Não sabe se brinco
Ou se digo a verdade
Sei que sente medo e que tem
curiosidade
Por tudo que passou
Tem receio, mas quer se deixar levar
Acredita que esse possa ser verdadeiro
Assim como todos os outros que viu
passar!
Assim
é a vida, assim é o jogo. Brincam uns com outros até o momento que se acertarem
com emoção, com sentimento, com vontade. A brincadeira as deixam sensíveis,
carentes, desencantadas, quando você percebe isso fica fácil fazer a sua
jogada. Mas não seja como todos os outros, isso elas tiveram demais, se for pra
abrir o campo minado do caminho ao coração delas, faça isso de um jeito que elas
não sofram mais.
Bife's
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