sábado, 12 de janeiro de 2013

O Ano que vem


Mais um ano passou e é claro que passaria. Cronologicamente falando, no tempo dos humanos, um ano dura apenas 365 dias ou, pensando em uma escala ainda menor, 8.760 horas. Pouco, não?! Para mim sim.

Promessas, procuras e certezas tão incertas quanto ao que nos aguarda no fim dessa viagem que, por sinal, recebemos apenas a passagem de ida. Há quem, assim como eu, dispense o calendário. Há também aqueles que contam os segundos, os que pulam ondinhas no mar, os que estouram champanhês e os que se vestem de branco, amarelo ou qualquer outra cor para trazer paz, riqueza, amor, etc. Uma cerimônia bonita. Abraços, ligações, felicitações e tudo o mais que a convenção social pedir. Sem problemas. Penso aqui, em silêncio, atrás de uma tela de um computador, que metas são fundamentais em nossas vidas, até porque sem elas ficaríamos meio perdidos nesse mundo que apenas realizações são válidas.

Mas esse pano de fundo (como todos sabemos o pano de fundo serve para esconder o desfecho principal do ato, o ápice da peça, que já esta ali, mas é encoberto por tramas menores que nos tiram a atenção) foi feito com uma intenção, eu queria prender a atenção dos leitores, trazer vocês para perto de mim como se fizessem parte desse enredo – e fazem - e acompanharem o momento de maior reflexão desse garoto, que tem quase 60 anos e carrega consigo uma identidade que diz se aproximar dos 24. Irônico, não?! O tempo.


 Avassalador, porque supera a tudo e a todos, não importa por quanto tempo algo possa resistir, perecerá perante o tempo.
Humilde, pois dá a todos que assim quiserem experiência, vivência, aceitação, amor, humildade, gratidão e compaixão.
Divino, porque assim como as divindades é onipresente, onipotente e, provavelmente, onisciente.


Por isso digo, meus caros, o Tempo não existe na mesma medida que Ele é a nossa vida (Ele = Tempo). Uma vã Filosofia de um adolescente ousado que, ao sentir-se com 40 anos, nunca se viu tão jovem e, a cada dia que passou, ficou ainda mais novo.
Vejo Deus como o Tempo, supremo, tão grandioso que nos é invisível. Humanos petulantes, acreditam que um relógio de pulso pode refletir a grandeza atemporal do Tempo. Aqui, com a mente quieta, a boca calada e a respiração ofegante por chegar a esse devaneio, penso que, assim como o Tempo, Deus está aí, em cada esquina, podendo ser fumado, cheirado, bebido ou roubado, mas também podendo ser vivido, desfrutado, respeitado e, cada vez mais, espiritualizado dentro de nós. Só depende de nós. Podemos transitar pelo Tempo assim como podemos nos perder nas curvas de Deus, para dentro ou para fora dessa grandiosidade e entendendo, de uma só vez, que Deus é a vida, que a vida é o Tempo e que os três são uma coisa só: todos nós.

E, quando o ano virou, me perguntaram: O que vai fazer esse ano? Eu respondi: o Bem.

Bife’s