quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Que busque entendimento.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Porque chorar não vale mais a pena.
domingo, 18 de setembro de 2011
Aqui termina sua procura.
Eu sou um artista
Eu pinto com palavras
Cada frase me aparece
Como uma escultura
E digo que uma obra de arte ruim
Surge com o mesmo amor de obra divina
Com a mesma seriedade e paixão
Mas falhou - nada mais
Às vezes o barro seca
Outras a tinta acaba
Algumas vezes falta um verso
E noutras tantas, tropeço nas palavras
Eu vejo a poesia
Ainda longe, começando a caminhar
É quase uma menina
E ela vem em minha direção
Sem muito esforço
Vai desenlaçando
Perdendo a timidez
Já vejo um riso sem graça
E quando percebo
Esta a dançar
Na ponta da língua e do lápis
Deslizando pelo papel
Já é uma mulher
Já pode se mostrar
Já confia nos seus versos
Já sabe rimar
O artista não escreve uma poesia
Ele não senta e a faz
O artista transcreve o que lhe é dado
Como um fio que conduz energia
Seu papel não é pensar
Nem mudar o que quer sair
É transformar em palavras
A mensagem que é passada
Transformar em palavras
Em um quadro ou escultura
Uma composição musical
Alguma forma mais pura
E, com toda sinceridade
Minha obra de arte esta nos gestos
No modo de falar
No modo de sorrir
É se fazer tímido
É fazer rir
Elevar até a glória
E depois deixar cair
Cada obra é única
Mesmo sendo feita pelo mesmo artista
Porque o sentimento é sempre diferente
Mesmo que apareça pelo mesmo motivo.
Bife's.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Sempre, nem sempre
Surge da mesma ideia
Influência? Plágio?
Evito definições
Numa ou noutra poesia
Falei de reflexões
E como tudo na vida não é sempre
Às vezes sempre, não tem explicação
Não explicando meus versos
Nem meus meios e nem meus fins
Já tentei fazê-lo com a vida
Não teve razão
A razão que a cada momento
Troca de mão
De vista, de ponto
De orientação
E às vezes parece que não faz sentido
Às vezes não o faz apenas para mim
E outras tantas só o faz para mim
Como lágrimas
Que não vejo
Há tempo suficiente
Para esquecer-me de seu gosto
Porque às vezes parece que não tenho
Nenhuma razão pra chorar
E não aprecio isso
É desabafo, libertação
Às vezes a falta disso me consome
E some... some?
Sumir ou somar?
Deixo a duvida no ar
Às vezes a resposta real
Piora a situação.
Bife's
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
É purificação
Silêncio, silenciosamente
Quieto
Escuto, mudo
Ouço, calado
Ouvir, ouvir
De olhos fechados
De boca fechada
Escutando, absorvendo
Entendendo
Aceitando
O silêncio consome
O silêncio da ânsia
Prendo o ar
Alguns segundos
Deixo a respiração voltar
Assim como um ser vivo
É a paz
Ela nasce, ela cresce
Ela se adapta
Ela enfrenta crises
Provações
Transformações
E ela pode morrer
A calmaria
A calma – ria
Um breve riso
Em silêncio
Um silêncio cego e mudo
Só não é surdo
Ouvindo ouvir
E depois de todo o silêncio
Toda a quietude
Todas as provações
E entendimentos
Uma frase bastaria
Uma palavra bastaria
Ou apenas um riso
Um sutil e breve riso
E seria a purificação
Bife's