segunda-feira, 9 de julho de 2012

Da vida incerta.


O frio tão esperado chegou. Não o frio que eu esperava, mas um frio ameno, gelado e em apenas dois períodos do dia – ao amanhecer e ao cair da noite. Um mundo que cada vez mais lembra os desertos. Frio na madrugada até o raiar do Sol, calor desconcertante durante o dia e frio insuportável após anoitecer. Tudo bem, mais um incerteza entre tantas outras.
É sobre isso que vou falar.
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Dia desses notei como as pessoas dizem que a vida é feita de incertezas. Eu até pensei assim algumas vezes, mas após ver a frequência que a vida era ‘tão incerta’, resolvi refletir a respeito.
A vida não é incerta. Pronto. Foi essa minha reflexão. Mas para o mundo não basta concluir, o mundo quer explicação, então vamos lá.
A vida segue paradigmas, segue caminhos, segue tendências. Você é um espelho do meio. Desde o espermatozoide fecundando o óvulo até o momento de sua morte. Isso acontece porque somos bombardeados por ensinamentos, por costumes, por gostos e pela influência da classe social que nascemos e vivemos. Não vou enfatizar o momento de criança, quando pai, mãe, televisão, amigos e ídolos formam a nossa cabeça. Vou tentar trabalhar a ideia de vida adulta, porque é geralmente nessa fase que os humanos fazem as devidas reclamações e já conseguem fazer assimilações.
A faculdade: um momento crucial para a vida e para o futuro. Você a escolheu. E começarão a dizer: “mas não era isso que eu queria, eu preciso trabalhar de dia, então não pude fazer o curso que queria” e dirão “eu não tinha dinheiro para pagar tal curso” e mais ainda “só tinha em outra cidade, estado, país e eu não tinha como ir pra lá” e eu digo: CORRETOS! A vida segue tendências e é influenciada pela classe social que nasce e vive (e a que vive pode mudar). Diante disso o que você fez? Escolheu outro caminho. Fez outra faculdade ou, assim como meu irmão, não a fez, foi trabalhar, ficou rico e mudou de classe social, podendo, quem sabe, mudar a vida de seu filho. Não foi uma incerteza, foi um fato concreto e com muita certeza que te levou a fazer determinada escolha.
O emprego dos sonhos: você faz o que você é capaz de fazer. Deveria encerrar aqui o discurso, mas querem explicações. Se você ganha R$400,00 por mês e vive na miséria a culpa é sua. Se você fosse bom e alguma coisa a faria, cobraria por ela e ganharia seu tão querido dinheiro. O capitalismo permite isso. Se você se acomodou com a sua situação e colocou em adoração uma possível mudança, contente-se. É o segredo do capitalismo. Você pensa que pode mudar, mas não pode. Não é incerto isso. Muitos são incompetentes para o mundo capitalista. Eu sei que sou, tenho certeza disso. Basta você querer enxergar.
A futura esposa e os seus filhos: Não tem nada mais concreto que isso. Gravidez indesejada? Camisinha estourada? Esqueceu de tomar o remédio? Não deu tempo de tirar? Engravidou mesmo tomando o remédio certo? MENTIRA! Existem milhões de contraceptivos para ontem, hoje e amanhã. Você transou porque quis, com quem quis (ou com quem sobrou) e não se precaveu pelo mesmo motivo. Simples assim, sem segredos. Se fizesse corretamente o uso de remédios, de camisinha e de safadeza não estaria reclamando disso. E quanto ao filho, o mesmo contexto. Ponto final.

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Ontem fiz uma música de incertezas e contradições, espero que gostem. Ia colocar a letra junto, mas estou com preguiça de escrever.


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Muitas pessoas dizem que a vida é incerta devido ao perigo iminente de morte. Assim como a vida, a morte também não é incerta. Problema de saúde, acidente de carro, avião, navio, motocicleta, pedalinho, jet-ski, avalanche, assassinato, etc, não são por mero acaso, mas não vou explicá-los aqui, quem sabe em um próximo texto. Deus nos deu uma vida e devemos uma morte a Ele. Para quem não acredita. O Big-Bang e a evolução nos deu elétrons, prótons, nêutrons, hidrogênio, oxigênio e a Bóson de Higgs (pra quem é leigo em Física é a famosa partícula de Deus) e devemos devolver ao Universo o que um dia pertenceu a ele. A vida é tão certa quanto à morte. Acredite. Nós que complicamos tudo pelo medo do desconhecido.

Bife's

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