domingo, 8 de maio de 2011

Poesia não tem nome, só interpretação.

Nas palavras jogadas ao vento
Nos versos de minhas poesias
Sempre ficou subentendido
O que eu esperava para nós

Talvez em primeira pessoa
Muitas vezes em terceira
Contei histórias de minha vida
De amores e desprezos

Na transição de um entre vírgulas
Ou como alguma exclamação
Você passava por ali
Deixando uma ou outra interrogação

Às vezes ficava a reticências
Pela incerteza de uma afirmação
E eu, sempre aquele sujeito simples
Pensando no nosso verbo de ligação

E não importa o que eu dissesse,
Recitasse ou me apropriasse,
Você não saberia
E você não entenderia

Não saberia de minhas leituras,
Não entenderia os meus poemas
E nem os meus desesperos
Para ser o seu presente contínuo

Restou pra mim um lugar de honra
No período em formação
Um verbo no passado imperfeito
Para um sujeito oculto e sem ação.

Bife's

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