Nas palavras jogadas ao vento
Nos versos de minhas poesias
Sempre ficou subentendido
O que eu esperava para nós
Talvez em primeira pessoa
Muitas vezes em terceira
Contei histórias de minha vida
De amores e desprezos
Na transição de um entre vírgulas
Ou como alguma exclamação
Você passava por ali
Deixando uma ou outra interrogação
Às vezes ficava a reticências
Pela incerteza de uma afirmação
E eu, sempre aquele sujeito simples
Pensando no nosso verbo de ligação
E não importa o que eu dissesse,
Recitasse ou me apropriasse,
Você não saberia
E você não entenderia
Não saberia de minhas leituras,
Não entenderia os meus poemas
E nem os meus desesperos
Para ser o seu presente contínuo
Restou pra mim um lugar de honra
No período em formação
Um verbo no passado imperfeito
Para um sujeito oculto e sem ação.
Bife's
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