segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Aprendi a não olhar pra trás

Aprendi olhando pra trás

Por repetir os mesmos caminhos

O mesmo trago

Por uma centena (ou um milhar?) de vezes

Pelo amor e pelas crises

Pela perda e indigestão

Pelo choro, pela ansiedade

Noites sem dormir

E solidão.

Foi o reflexo e a reflexão

Das companhias que vieram

Aprendi a apreciar a solidão

Nas frases de um filósofo

O sono passou a ter razão

Respirei fundo e controlei a ansiedade

E já não secava o choro com as mãos

Com um pouco menos de excessos

Já não tive mais indigestão

Fiz o mesmo com o amor

Entendi a sua essência

E perdido em medos e devaneios

Percebi que a perda é inevitável

E que um dia serei ela

Ao não sentir o lado esquerdo

Notei que o mesmo trago já não caía tão bem

Mudei alguns hábitos e outros idealizei

Quando poderia andar de olhos fechados

Vi que era hora de pegar outros rumos

Afinal, já era banal fazer os mesmos caminhos

Olhei para trás mais uma vez

Entendi o sentido de “porque olhar para trás?”.

E então, não olhei.

Bife's

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