Onde
vamos parar
Correndo
sem ter uma direção?
Essa pergunta surgiu na 1º pessoa do singular
e, ao não conseguir respondê-la, resolvi lançá-la ao mundo.
Transformei-a em canção, se quiserem ouvir a
primeira versão, deixo o link:
Toda a ideia dessa música se passou olhando
dentro para fora, algo difícil e cruel de se fazer. Encarar seus medos, suas
desilusões, procurar seu lugar no mundo e não encontrá-lo e se sentir perdido.
Quando observei isso notei algo que, até então, não havia notado: eu não era o
único, eu não sou o único e, exceto casos raríssimos de algumas doenças,
transtornos e/ou fatalidades, nunca serei o único – e isso serve para todos.
Somos únicos? Sim. Somos únicos? Não. Depende do que estamos analisando e,
nesse caso, são os modos de vida, de se desfazer de problemas, de encontrar seu
lugar na sociedade e seu papel como ser humano. Então somos apenas mais um no
todo.
O que consegui sacar após esses fatos é que
tudo na vida, porém, muitas pessoas não conseguem ter a calma e a paciência
necessárias para apenas ‘deixar fluir’. Sim, aquele velho ensinamento dos
sábios orientais – “Deixe fluir e encontrará sua paz interior.” – Algo que
exige muito preparo, mas que é realmente possível.
Eu? Tenho apenas 23 anos, não sei nada de
quase tudo, mas me arrisco vez em quando. Alguns fantasmas que seguiram outros
caminhos, que se perderam em contos, poesias, fins de relacionamentos ou em
trajetos que não ousaram fazer comigo, me mostraram que eu deveria ter feito
exatamente o que fiz e, se me dessem a chance de voltar no tempo e refazer meus
passos, seguiria exatamente o ‘mapa dos meus passos’ que se encontram nas
pegadas que deixei.
Por quê? Porque ele é cheio de erros, de
fracassos, de perdas e de reaprender a andar.
Já dizia Martin Ferro: ‘O diabo sabe mais por
ser velho do que por ser diabo.’ Uma ótima reflexão.
Vi um fantasma meu seguir o caminho do álcool,
vi outro perder uma porção de amigos por suas escolhas, um fantasma que eu
amava se foi junto com um briga de família, percebi um se afundando em mágoas
após ficar sem namorada e um deles perdeu a cabeça com o efeito de
entorpecentes. O que isso quer dizer? Que existe uma centena de milhares de
caminhos para traçar, várias rotas a seguir e muitos fatos para acontecer. Nossa
vida é um desenlace de mistério, mesmo que planejando cada passo não podemos
prever o que a pedra planejou e, talvez, ela tenha escolhido entrar no seu caminho
para desviar sua rota. É simples, apenas deixe fluir. Problemas vêm e vão,
pessoas vêm e vão, empregos vêm e vão – assim como o Sol e a Lua. Temos a
certeza do fim, mas o fim não existe. Uma nova estrada só começa com o fim de
outra – pode até mudar a empresa que administra a rodovia, mas ela é a mesma -,
então aceite e deixe acontecer. Os seus fantasmas vão seguir os caminhos que
não são os melhores para você e, com o tempo, você entenderá isso.
Sem delongas, com algum sacrifício, mas em
prol de uma melhora.
Lancei minhas dúvidas ao mundo quando olhei
de dentro para fora, só consegui respondê-las olhando de fora para dentro e
agora repasso o que aprendi ao observar a vida e as pessoas, espero que ajude
ou que traga um pouco de paz aos que dela necessitam.
Bife’s
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