sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Sermos literais também faz nossa beleza


Às vezes o mundo nos pega na contramão ou, às vezes, estamos na contramão do mundo.

Na contramão de um mundo
Que não tem explicação
A ignorância pelo ar
E a inteligência jogada ao chão

É uma variável com proporções inimagináveis as rotas podemos seguir, os caminhos que podemos traçar e as escolhas que podemos fazer.
Inúmeras são as vezes que estamos estáticos, sentindo que a vida esta exatamente como deveria e pronto, um acontecimento muda o rumo de nossa vida, de nossos sentimentos, de nosso futuro.
Planejar, prever, idealizar e afins, são gestos e atitudes que servem para desestruturar e abalar nossos alicerces.

Obs: tenha vários alicerces em sua vida. Não se fundamente apenas no amor, ou no trabalho, ou nos seus amigos, etc. Inúmeros alicerces pequenos sustentam mais que um enorme e, se um dos pequenos desabar, os outros não deixarão a estrutura cair, o mesmo não acontecerá se o enorme, mas único, desabar.

E foi nessa contramão que me vi andando na noite passada. Sempre segui a vida sozinho, por inúmeros motivos, mas entre os principais estava o fato de não querer me apegar as pessoas e depois sentir a ausência delas.

Não escrevo minhas poesias para as pessoas porque, com o tempo, elas acabam perdendo o sentido, não as poesias, as pessoas.


Mas mudei de pensamento, me deixei levar. Algumas filosofias orientais me auxiliaram nesse caminho de mudanças e, por certo tempo, tive um fluxo de amigos relativamente grande passando pelas esquinas de minha vida. Bom? Ruim? Depende de quem lê essas palavras e, nesse momento, não sei responder essa pergunta, por isso escrevo esse texto.

Abrindo as portas para as pessoas entrarem acabei por conhecer gente de todo tipo, fiz amizades que jamais gostaria de perder e, também, seres que gostaria de nunca ter esbarrado, mas, quando se esta aberto, não conseguimos fazer essa seleção.
Enfim, hoje sinto uma enorme saudade de alguns que me acompanharam, que passaram por mim e deixaram suas marcas. Sinto falta dos apertos de mãos as 19h15min, dos abraços as 22h45min e das conversas por telefone ou internet nas férias.

Só me resta a nostalgia do que foi, do que seria, do que seríamos e, quem sabe, do que sentiríamos. Se é que seríamos ou que sentiríamos.


A passagem do tempo é algo bom. Os seres humanos tem em si a arte de, a cada dia, evoluírem, aprenderem, reconstruírem e se adaptarem a tudo que é novo, mas, sinceramente, às vezes penso que a ausência de algumas pessoas deixa um buraco difícil de ser tapado com um simples ‘a vida continua’ ou ‘a gente cresce’.

Bife’s

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